Começa a tomar forma o primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil. O equipamento, que só deve ficar pronto em 2023, ainda muito pela frente.
A Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), em Itaguaí, no Rio de Janeiro, é a primeira peça que permite que o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) comece a tomar forma. Segundo a Marinha, o projeto “representa marco importante para a construção naval brasileira, por tratar-se da primeira parcela da infraestrutura que vai capacitar o país para a construção e manutenção de submarinos convencionais e nucleares”.
O programa é fruto de uma parceria firmada entre Brasil e França em 2008 e é o maior e mais importante projeto em desenvolvimento pela Marinha atualmente. A parceria com a França prevê além da formação de consórcio entre empresas dos países envolvidos, a transferência de informação e tecnologia, visando atender objetivos estratégicos comuns entre as partes. Além da unidade de estruturas metálicas, o consórcio prevê ainda a construção de um estaleiro para fabricar os submarinos e uma base naval de apoio.
Serão fabricados cinco submarinos: quatro convencionais (com propulsão diesel-elétrica) e um com propulsão nuclear, que terá tecnologia própria, desenvolvida pela Marinha brasileira no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e que já está sendo trabalhada desde 2012. Os engenheiros navais realizaram diversos cursos na França para compreender e aplicar as técnicas de construção de submarinos e uma vez concluído o projeto, o Brasil entrará no seleto grupo que domina a técnica de propulsão nuclear.
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